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Escrever se aprende Escrevendo!

Projeto ajuda estudantes a enfrentar o “monstro” da redação

Marília Dalenogare

As aulas do projeto acontecem semanalmente, em horários onde todos os alunos possam ser contemplados (Fonte: Fernanda Puhl)

A ânsia e o nervosismo do vestibular vêm em grande parte da famosa e mal vista Redação. É ela quem assombra os adolescentes e faz com que a aprovação pareça mais distante e mais difícil. É nesse contexto, e com a intenção de preparar bem os estudantes para a redação, que está ativo o Projeto Escrever. Desenvolvida na escola Cañellas, a proposta já está na sua segunda edição: Escrever II.

O projeto visa dar aos alunos do terceiro ano do ensino médio uma visão extra do que é visto em sala de aula, menos normativa e mais argumentativa. Enquanto na sala de aula os professores se preocupam mais com a noção de formalidade, o projeto ocupa-se com a opinião e o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes.

O Escrever II é coordenado pelo professor Elias José Mengarda, responsável também pelas disciplinas de linguística dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da UFSM/ Campus Frederico Westphalen. As acadêmicas responsáveis em ministrar as aulas são Fernanda Puhl, do sexto semestre e Franciéle Aparecida Traesel do oitavo semestre, do curso de Jornalismo da mesma universidade.

A coordenadora pedagógica do Cañellas, Neusa Frank, fala “o projeto veio ao encontro de uma dificuldade que os alunos tinham, que era escrever a redação, eles não sabiam ao certo como faze-la e alguns até deixavam em branco”. O projeto se mostrou válido depois de uma avaliação que a escola sofreu e percebeu que a nota de redação dos alunos havia baixado. Foi então que a instituição começou a pensar em um reforço para os estudantes, necessidade que casou perfeitamente com a proposta do Escrever.

O projeto é oferecido aos estudantes do terceiro ano do ensino médio da escola Cañellas, que aceitaram bem a idéia. O colégio informou ainda que alunos do primeiro e do segundo ano da escola também demonstram interesse, devido a repercussão que o projeto teve entre a comunidade estudantil. Porém a intenção é que de aqui pra frente todos os alunos do terceiro ano sejam contemplados.

Os estudantes contemplados aprovam a idéia, pois sabem a importância da redação no vestibular e não acham suficiente o jeito como ela é trabalhada na sala de aula. A estudante Bruna Melo, 17, fala “o projeto só vem a acrescentar, pois em sala de aula só o básico é apresentado e o projeto aprofunda o que eu já sabia”. Já Patrik Krzyzaniak, 16, ressalta a importância desse reforço pela redação compor 30 % da nota do vestibular. E o estudante Leonardo Getúlio Piovesan, 16, conta “é diferente do que aprender em sala de aula, pois as redações são comentadas, a partir de dicas, de um modo mais eficiente”. E todos eles já notam o quanto progrediram desde o início do projeto até agora, pensando mais no que escrever.

A redação se mostra fundamental hoje em dia nas provas de vestibular e em outras avaliações. Saber escrever um texto de uma forma coesa e coerente já garante aos estudantes uma boa parte da nota, para isso está aí o Projeto Escrever: sanar a necessidade que a sala de aula não consegue atender.

Cinear-te começa mais um ciclo de filmes

Parceria entre UFSM, CAFW e URI promove cineclubismo em Frederico Westphalen

Marília Dalenogare

Ontem, 29, deu-se o início ao novo ciclo do Cinear-te com o filme Crash - no limite

Para aqueles que sentiam falta da sétima arte em Frederico Westphalen o novo ciclo do projeto Cinear-te voltou para preencher essa lacuna cultural. Novos filmes serão exibidos e discutidos quinzenalmente no Auditório da Uri, iniciando uma nova fase do projeto que já está presente há mais de um ano entre a comunidade frederiquense.

O projeto surgiu no ano de 2010, como resultado da parceria entre Universidade Regional Integrada, a URI, a Universidade Federal de Santa Maria campus Frederico Westphalen, a UFSM/Cesnors e o Colégio Agrícola de Frederico Westphalen, o CAFW.  O projeto visa despertar o interesse das pessoas pelo cinema e pelo cineclubismo e também propiciar a todos um ambiente de discussão, onde os filmes deixam de ser mera diversão e entretenimento e se tornam um elemento social e cultural.

O diferencial do projeto neste ano é que os filmes não serão mais abordados por nacionalidade ou por algum tema mais específico, como foram os ciclos Italiano ou Argentino, por exemplo. Agora serão exibidos filmes de diferentes abordagens  e gêneros, que se encaixam em uma temática geral, independente da sua nacionalidade. Esse ciclo selecionou filmes que, de formas diferentes contenham uma crítica social, e que conversem de alguma forma entre si. O outro diferencial é que haverá exibições em todo o semestre, quinzenalmente, e não mais uma semana com exibições diárias como nos outros ciclos. Sobre essas mudanças, um dos coordenadores do projeto Cássio Tomaim fala que “o objetivo é dar uma nova cara ao nosso cineclube, na busca de transformá-lo em um encontro marcado com a comunidade para ver e discutir cinema”, o que acredita-se que resultará em uma formação gradual de público para o cinema em Frederico.

Para a estudante Maria Ercíria Flores a grande qualidade do projeto é propiciar para a cidade um tipo de lazer que não é oferecido, que oferte cultura e não só festas ou boates na madrugada.

Os próximos filmes exibidos serão:  Os sonhadores (12.09.11), Adeus Lênin (26.09.11), Assassinos por natureza (10.10.11), 1984 (24.10.11), Fahrenheit 451 (07.11.11) e Quanto vale ou é por quilo? (21.11.11).

As projeções ocorrem no Auditório da Uri, quinzenalmente, e a entrada é gratuita, mais informações na Secretaria do Mestrado de Letras da URI pelo telefone (55) 3744-9285, pelo e-mail cineartefw@gmail.com ou site http://cinear-te.blogspot.com/